sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Setor turístico se mobiliza contra o fechamento do PNI para táxis e vans

Carreata marcou o movimento intitulado “Cataratas para todos”
 
Setor turístico em carreata pela Rodovia das Cataratas - Foto: Jaime Nelson Nascimento
 
O setor turístico de Foz do Iguaçu realizou nesta sexta-feira, 13, uma mobilização contra o fechamento do Parque Nacional do Iguaçu. Líderes sindicais, gestores de turismo, empresários, profissionais guias de turismo, taxistas, agentes de viagens, motoristas de veículos de turismo, entre outros profissionais, se concentraram em frente ao Chocolate Caseiro Três Fronteiras e partiram em carreata e também a pé, em direção ao portão do parque.

A mobilização, que é por tempo indeterminado, tem o envolvimento de diversas entidades: Sindicato das Empresas de Turismo (SINDETUR), Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Foz do Iguaçu (SINDTÁXI), Sindicato dos Guias de Turismo (SINGTUR), Cooperativa de Transporte e Turismo Alternativo (COOTRAFOZ), Cooperativa dos Taxistas (COOPERTÁXI), Associação de Receptivo Internacional de Foz do Iguaçu (ATRIFI), entre outras.
Durante o ato pacífico, o presidente do SINDETUR e do Conselho Municipal de Turismo, Newton Paulo Angeli, manifestou-se, afirmando: “nós esperamos sensibilizar Brasília e mostrar para a população de Foz do Iguaçu de que alguma coisa está errada nessa maneira como o Instituto Chico Mendes está administrando o nosso parque; eles estão retirando a população de poder usufruir dos benefícios econômicos das Cataratas do Iguaçu”.

Segundo o presidente da ATRIFI, Julio Cesar Rodrigues, “se nós formos impedidos de entrar no parque, o transporte será reduzido pela metade e haverá uma dificuldade muito grande em termos sociais, pois acarretará em desemprego”. “O parque não tem condições de atender a demanda; os turistas hoje, e em alta temporada, mesmo em dias de feriado prolongado, ficam mais de uma, duas horas na fila, isso com o auxílio do transporte de fora; então, nós temos que evitar o pior”. E completou: “a cidade vive e respira turismo, mas se não atendermos bem o turista, ele vai procurar outro destino”.

Para o presidente da COOTRAFOZ, Vitalino Capeletto, “esse movimento é para mostrar a força que nós temos dentro do turismo e as consequências que podem acarretar, como o desemprego que pode vir com o fechamento do parque no dia 29. Na terça-feira, vai ter uma audiência na Casa Civil em Brasília e nós estaremos lá para novamente tentar reverter essa situação”.
Valdomiro Garcia da Rocha, presidente da Coopertáxi, destacou que “a categoria dos táxis tem muito a perder com o fechamento do parque, pois atendemos não só pessoas de Foz, mas do mundo todo, nós somos um contato direto e formadores de opinião, então é uma perda muito grande para a cidade em geral”.

O prefeito Reni Pereira, presente na manifestação, disse que “ninguém é contra a preservação, ou contra um plano de manejo, o que se pede é o bom senso e a prorrogação do prazo da portaria, pelo menos até passar a Copa do Mundo e que até lá se faça o plano, com uma regra uniforme para todos”. Para o prefeito, “é possível resolver  a situação, basta ter vontade política, já que no aspecto técnico, até o momento, não foi possível”, relatou.
O deputado federal Professor Sérgio de Oliveira, declarou: “espero que este movimento sensibilize tanto a ministra Gleisi Hoffman, quanto a ministra Isabela Teixeira, para a nossa reunião de terça-feira, em Brasília, que será uma reunião definitiva para tratar deste tema; que elas retrocedam e mantenham esse direito dos trabalhadores de permanecer atuando dentro do Parque Nacional com os seus veículos”. “Temos que lutar até o último minuto, até o dia 29 de dezembro, que é o prazo final para fazer com que o Instituto Chico Mendes faça uma nova portaria ou prorrogue a atual, para que tenhamos um prazo para debater e discutir a revisão do Plano de Manejo do parque e fazer valer o nosso direito”, finalizou.
 
 Prefeito Reni Pereira e deputado Professor Sérgio de Oliveira, com representantes do setor turístico - Foto: Elaine Mota
 
Proibição – A partir do dia 29 de dezembro, veículos de turismo e táxis serão proibidos de entrar no Parque Nacional do Iguaçu, por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, sediado em Porto Alegre. A polêmica começou quando uma entidade de proteção ao meio ambiente entrou na justiça para proibir a entrada de veículos no parque, após o atropelamento de uma onça-pintada na Rodovia das Cataratas, em 2009. A intenção era reduzir os impactos ao meio ambiente causados pela circulação de veículos no parque. A medida já gerou inúmeros debates e protestos, culminando hoje com mais uma mobilização do segmento turístico.
Texto: Elaine Mota
 

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