Evento
aconteceu na Fundação Cultural no final de semana
Fotos abertura: Toni Ricardo (AMN)
Fotos grupos e plenária: Elaine Mota
Foi realizada nos
dias 16 e 17 de outubro, a 3ª. Conferência Municipal de Cultura, evento
organizado pelo Conselho Municipal
de Políticas Culturais (CMPC), com apoio da Fundação Cultural. Participaram nos
dois dias de evento cerca de 200 pessoas, dos mais diferentes segmentos da
cultura da cidade, que trabalharam em 5 grupos temáticos. Cada grupo
estabeleceu 3 ações prioritárias, que foram elencadas e submetidas à plenária
no final do evento.
Foram aprovadas propostas nas
áreas de gestão, infraestrutura, patrimônio, direitos culturais e participação
e controle social. O coordenador do encontro, Alexandre Palmar, destacou a
qualidade das propostas aprovadas. “São diretrizes que apontam para todas as
áreas, e, postas em prática, irão contribuir em muito para superar o quadro de
déficit histórico de políticas culturais no município”, resumiu.
Principais reivindicações – Entre as reivindicações aprovadas pela plenária
estão a ampliação dos recursos para o setor e o imediato lançamento dos editais
de incentivo cultural, por meio do Fundo Municipal de Cultura. Também foi
proposta a criação de 06 Vilas Culturais nas regiões: Jardim São Paulo,
Morumbi, Três Lagoas, Porto Meira, Cidade Nova e Vila C; transformação da
antiga Cobal em centro cultural e a retomada do Centro de Artesanato.
A formação de um programa
permanente e continuado de popularização da arte e da cultura com ênfase no
atendimento às comunidades populares; o apoio às expressões periféricas e
urbanas e a instituição de projeto de incentivo ao hábito e ao gosto da leitura
vinculado à Biblioteca Municipal Elfrida Engel Nunes Rios e às bibliotecas
comunitárias também integram o conjunto de demandas aprovadas durante a
plenária.
A 3ª Conferência de Cultura
também requereu a efetivação da política municipal do patrimônio cultural, com
a revisão da lei e a nomeação do Conselho de Patrimônio Cultural; a implantação
do plano museológico e do plano municipal de educação patrimonial, com medidas
para a capacitação para professores; visitas pedagógicas a lugares de memória,
acompanhamento do material pedagógico e a criação de lei instituindo o dia 20
de novembro (Dia da Consciência Negra), como feriado municipal.
Em relação às medidas de controle
e participação social, o encontro definiu que a Fundação Cultural deverá
elaborar e executar o Plano Municipal de Cultura; realizar prestação de contas anual
em audiência pública para a ampla participação da comunidade; prestar contas
das políticas públicas, eventos e ações em até 30 dias e publicar a prestação
de contas dessas iniciativas em site
e no Diário Oficial do Município.
Avaliações – Ivanete
Schumann, integrante do CMPC e uma das organizadoras do evento, fez uma
avaliação positiva do encontro. “Pela quantidade de pessoas que compareceram,
percebe-se que cada vez mais as pessoas estão interessadas e envolvidas com as
questões da cultura do município e isso é muito bom, porque acredita-se que de
agora em diante, as pessoas vão começar a participar ainda mais e
principalmente, a interferir nesse processo”.
Para Arinha Rocha, diretora da
Fundação Cultural, “esse diálogo é primordial; o evento mostrou o
amadurecimento dos grupos culturais da cidade; é a terceira conferência, mas
nota-se como os grupos cresceram e se apoderaram das discussões, como estão
fortalecidos no sentido de discutir inclusive a própria Fundação Cultural e os
seus rumos a favor das políticas culturais, inclusive apoiando até as coisas
que não conseguimos fazer”, enfatizou.
Paulo Bogler, presidente do CMPC,
ressaltou a participação dos agentes culturais e da comunidade. “O evento foi
muito positivo; conseguimos dar um salto do ponto de vista de se constituir uma
rede articulada de pessoas envolvidas, discutindo, pleiteando questões comuns
de interesse de todos os grupos culturais e da população; esse foi o grande
ganho da conferência; nós saímos mobilizados e organizados desse encontro; as
propostas aqui aprovadas, vão dar um salto no desenvolvimento cultural da
cidade”, opinou o presidente do conselho.
Relatório final – Segundo Paulo Bogler, será produzido um relatório final, com um balanço
dos resultados da conferência e das pré-conferências, com todas as discussões,
moções e encaminhamentos. “Vamos enviar esse documento para todos os órgãos
ligados à administração e à gestão da cultura, ao Ministério Público Estadual e
Federal e à Câmara de Vereadores; paralelamente, serão feitas articulações com
esses poderes, para implementação e execução de tudo que foi tratado na
conferência”, concluiu.
Conselho – Foram eleitas 25 entidades da
sociedade civil e, com a participação dos órgãos governamentais, o CMPC deverá
conter cerca de 50 entidades. Integram as organizações não governamentais do
CMPC para o biênio 2015-2017 as seguintes entidades: APP-Sindicato/Foz; Associação
Artística Companhia Vida é Sonho; Associação Companhia Amadeus de Teatro; Associação
Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (Acapi); Associação de Artesãos de
Foz do Iguaçu; Associação Guatá – Cultura em Movimento; Associação Movimento
Cultural Afoxé Ogún Funmilaiyó; Casa da América Latina; Casa do Teatro; Centro
de Cultura Popular de Foz do Iguaçu; Centro de Direitos Humanos e Memória
Popular (CDHMP); Coletivo Cidade Nova Informa CNI; Conselho Comunitário da Vila
C; Cooperativa de Artesanato da Região Oeste e Sudoeste do Paraná (Coart); Diretório
Central dos Estudantes da Unioeste/Foz (DCE); Grupo de Arte e Cultura Nativa
Encontro das Águas; Liga Independente das Escolas de Samba de Foz do Iguaçu
(Liesfi); Núcelo de Circo Fronteira - Troupe Luz da Lua; Ponto de Cultura
Associação Cristã Bem Viver; Ponto de Cultura Associação Fraternidade Aliança
(AFA); Ponto de Cultura Casa Maria Porta do Céu; Ponto de Cultura Projeto
Aprendendo a Viver; Projeto New For Life; Serviço Social do Comércio (Sesc) e Sindicato
dos Jornalistas (Sindijor/Foz).
Texto: Elaine Mota