Primeira
reunião ordinária do ano teve a presença do delegado-chefe da Polícia Federal,
Fabiano Bordignon, que explicou sobre as soluções para agilização de procedimentos no setor de
migração
Texto e fotos: Elaine Mota
O
Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) realizou a primeira reunião ordinária de
2017, na quarta-feira, 18, com o propósito de debater temas relevantes para o
turismo, e um deles foi o trânsito de turistas na fronteira Brasil/Argentina,
tendo em vista o grande movimento verificado no mês de janeiro, o que tem ocasionado
filas em determinados momentos.
A
prefeita interina, Inês Weizemann dos Santos, participou do encontro, que teve
a presença do presidente do conselho e vice-presidente da ABAV-PR, Felipe
Gonzalez, do vice-presidente do Fundo Iguaçu e superintendente de Comunicação
Social da Itaipu Binacional, Gilmar Piolla, do secretário de Comunicação,
Washington Sena, do secretário municipal de Turismo, Lourenço Kurten, do
presidente do Sindetur, Licério Santos, do presidente da ABIH, Jefferson
Amorim, do presidente do Singtur, Sidnei dos Reis, do presidente do Sindtáxi,
Erickson Vieira, da diretora executiva do Instituto Polo Iguassu, Fernanda
Fedrigo, da chefe do escritório regional da Paraná Turismo, Valéria Mariotti, entre
outros conselheiros.
Integraram
a reunião também e trouxeram novidades sobre o controle de migração na
fronteira, o delegado-chefe da Polícia Federal, Fabiano Bordignon e o chefe do
Núcleo de Migração, Anderson de Lima. Representantes de agências de turismo de
Puerto Iguazú também estavam presentes.
Em
sua explanação, o delegado Fabiano Bordignon apresentou números referentes a
movimentação na Ponte Tancredo Neves: “em janeiro de 2015, nós tínhamos uma
movimentação de turistas de entrada e saída de 65 mil pessoas. Em 2016, houve
um aumento de 85%, com 120 mil migrações; e, em janeiro deste ano, já são quase
80 mil pessoas e a projeção é de 143 mil, com aumento de 20%. Nas olimpíadas, houve
um reforço de efetivo, o que não tivemos agora.”
Uma
dificuldade apontada pelo delegado é que nas pontes não se tem previsão de
chegadas de ônibus, diferentemente do aeroporto, que se sabe diariamente o
número de pessoas que vai chegar nos voos, pois existe uma programação de
chegada de aeronaves. “Nós tomamos uma medida já no ano passado, com a
possibilidade dos turistas permanecerem nos ônibus, descendo apenas o guia de
turismo com a lista de passageiros; faz-se a migração, confere-se o número de
pessoas, pega-se a documentação e o ônibus vai embora; isso foi feito para
facilitar”, frisou o delegado.
Bordignon
esclareceu ainda que “o que está dando muita demanda na Ponte Tancredo Neves são
cidadãos e famílias argentinas com carros; temos verificado situações em que a
pessoa na fila não está nem com a tarjeta de migração. Em muitos casos, os
turistas chegam na fila para daí então preencher a tarjeta”. O delegado explicou
que o documento pode ser preenchido de antemão, obtendo-o no site da Polícia Federal: www.pf.gov.br.
Equipamento – O delegado apresentou
a solução que a Polícia Federal está estudando, que é criar um box de
autoatendimento, cuja tecnologia é de uma empresa de Portugal. “A pessoa
coloca a mão, a digital, verifica se confere o passaporte e faz a identificação
facial. Qualquer situação de alteração é avisada. A atuação humana se daria
somente quando necessário”, disse. “Isso, logicamente, tem um custo e com o
tempo esse custo se paga; o importante é que esse equipamento permite o
controle total das pessoas”. Os pré-requisitos para usar o sistema são: ser
maior de idade e portar o passaporte eletrônico.
Segundo
Anderson de Lima, “foi verificado que o tempo de espera médio de cada viajante
na fila é de 5 minutos; então, há vazão desse fluxo. Nós percebemos que o
volume é responsável pela formação das filas”. “Essa verificação foi feita na
terça-feira, 17, dia em que foram feitas 5.200 migrações, um movimento
razoável, acima da média de janeiro, que se aproxima de 4.500 por dia”.
Felipe
Gonzalez agradeceu a presença do delegado-chefe e do chefe do Núcleo de
Migração: “aplaudimos a atenção que tem sido dada, e, naturalmente, todos nós
fazemos parte desse projeto; então, vamos continuar trabalhando com a Polícia
Federal nesse contexto e agradecemos muito o apoio que estamos recebendo e,
percebemos que estamos caminhando realmente para podermos atender as duas
partes: a lei e o turismo”, afirmou o presidente do Comtur.
Lourenço
Kurten enfatizou que a Secretaria Municipal de Turismo tem acompanhado o tema.
“Temos verificado essa situação que se repete nos últimos anos e verificamos um
avanço por parte da Polícia Federal em ações que buscam minimizar o tempo de
permanência dos turistas no ingresso ao país”, declarou.
Elaine Mota
Turismóloga - Jornalista - MTB 9706/PR
Turismóloga - Jornalista - MTB 9706/PR
Secretaria Municipal de Turismo