O objetivo é
fazer estudo com dados de Foz do Iguaçu, Ciudad Del Este e Puerto Iguazú;
trabalho é considerado inédito
Reunião foi realizada na sede do COMTUR –
Texto e fotos: Elaine Mota
Foi
realizada na manhã desta quarta-feira, 25, na sede do Conselho Municipal de
Turismo (COMTUR), uma reunião entre instituições, organismos e entidades
parceiras para realização de um Estudo de Demanda Turística de Foz do Iguaçu e
região trinacional. O encontro teve como convidada especial a coordenadora
geral de Informações Gerenciais do Ministério do Turismo – Diretoria de Estudos
Econômicos e Pesquisas, Gilce Zelinda Batistuz. Participaram também o
presidente do COMTUR, Licério Santos, a diretora executiva do Instituto Polo
Iguassu, Fernanda Fedrigo, a chefe do escritório regional da Paraná Turismo,
Valéria Mariotti, representantes da Secretaria Municipal de Turismo (SMTU), do
Iguazú Turismo Ente Municipal de Puerto Iguazú – Argentina (ITUREM) e
consultores do SEBRAE.
Segundo
Fernanda Fedrigo, “a pesquisa de demanda é uma das ações do Observatório de
Turismo, que estamos tentando torná-lo trinacional, convidando o Paraguai e a Argentina
para se somarem, e assim, termos os dados integrados. Nesta primeira etapa,
faremos a pesquisa em Foz, que desde 2012 não é realizada. Então para isso,
trouxemos a Gilce Batistuz, que hoje está no Ministério do Turismo, para ela
passar a metodologia do estudo. Por intermédio do Polo Iguassu, solicitamos
recursos à Itaipu para executar a pesquisa”, informou. “Cada entidade vai ter
um papel: o Polo tem a função de contratar pesquisadores, coordenadores de
campo e irá coordenar a parte operacional. Na execução, estarão a SMTU, a
Paraná Turismo, o SEBRAE apoiando e as universidades. A UDC é a primeira a se integrar
à pesquisa. Iremos a campo coletar esses dados e depois todas essas entidades
discutem e analisam os dados, e, cada entidade, com seus técnicos, vai se somar
para se chegar ao resultado final”, explicou.
Para
Gilce Batistuz, “o estudo é muito importante, para se conhecer quem é o
visitante hoje do município, da região. A pesquisa é, sem dúvida nenhuma,
fundamental para os gestores que, se utilizando dessas informações, poderão fazer
afirmações dentro de uma margem de erro. É uma pesquisa necessária, por
fornecer informações mais precisas. Neste momento, o ministério está
participando no levantamento das possibilidades e no auxílio técnico, dentro
das suas condições. Já fizemos pesquisas com o município e esta de demanda turística
entre 3 países é algo inédito, por ter funções internacionais. Os dados servirão
a 3 países; não conheço um trabalho dessa magnitude”, frisou.
Mariana
Leonor Veron, técnica da área de planejamento do ITUREM, falou sobre as
expectativas em relação ao trabalho. “Estamos muito entusiasmados frente a esta
oportunidade; em Puerto Iguazú, não temos até o momento estudo de demanda, nem
da oferta; temos somente uma pesquisa de 2008, mas não temos contabilizados estabelecimentos,
nem produtos e segmentos turísticos. Carecemos de informações que são muito
importantes para o planejamento das atividades. Todos serão beneficiados; queremos
avançar com a criação de um Observatório de Turismo Trinacional, para tomada de
decisão em nível regional”.
Edna
Rubio comentou sobre o início do processo. “Temos um projeto chamado Fronteiras
Cooperativas, que veio do SEBRAE Nacional e tem a gestão do SEBRAE-PR e nele existem
ações que devem ser feitas para região de fronteira, e, como esse trabalho
abrange as 3 cidades, surgiu a ideia de se fazer o Observatório de Turismo Trinacional,
com a possibilidade de unir as instituições de Foz e também do Paraguai e
Argentina”. “Existem dificuldades em se obter informações das cidades vizinhas,
mas hoje, pelo site que está sendo
criado, qualquer pessoa poderá ter acesso e saber exatamente os números da
nossa fronteira. A ideia, por meio do SEBRAE é entregar o portal, mas o
observatório continua e a ideia é que ele só cresça”, enfatizou a consultora.
Segundo
Valéria Mariotti, “a Paraná Turismo ocupa a função juntamente com o Polo,
SEBRAE e SMTU de coordenação e execução das atividades que serão feitas no
observatório”. “A Gilce é funcionária da Paraná Turismo que veio pelo
Ministério; então, a contribuição dela está sendo imensa para realizarmos este
estudo. E para nós, está sendo muito importante, porque pela primeira vez
estamos tendo a experiência de trabalharmos junto com o Paraguai e a Argentina.
Talvez a nossa região possa servir em algum momento de case para o país e até para outras fronteiras”, opinou.
Licério
Santos defendeu a retomada da pesquisa na cidade: “esse estudo faz muita falta,
a cidade fica sem informações precisas para qualquer tipo de análise, para empreendedores
e até mesmo para o município. Outro ponto positivo é o envolvimento do Ministério
do Turismo por meio da Gilce, e, da Valéria, que está fazendo um belíssimo
trabalho no escritório da Paraná Turismo”. “O avanço que temos é que não é uma
pesquisa local e ela passa a ser trinacional e aí vem a importância da
participação do Polo Iguassu, pelas suas características de ser uma entidade
trinacional. E hoje, o destino não é só Foz do Iguaçu; é Foz agregada à Ciudad
Del Este e Puerto Iguazú, com todas as suas potencialidades. Então,
seguramente, terminando esse trabalho, teremos uma radiografia, uma visão muito
mais próxima da nossa realidade”, concluiu.
Dados – No Estudo de Demanda
Turística são levantados dados como: residência permanente do visitante,
gênero, idade, ocupação, renda, forma e época de viajar, planejamento,
organização e motivo da viagem, meios de comunicação que influenciaram a
visita, meios de transporte e de hospedagem utilizados, tempo de permanência,
estimativa de gastos, avaliação de preços dos bens e serviços consumidos na
cidade, avaliação da infraestrutura local e de atrativos turísticos, entre
outras informações.