quarta-feira, 25 de maio de 2016

Entidades se organizam para realizar Pesquisa de Demanda Turística Trinacional

O objetivo é fazer estudo com dados de Foz do Iguaçu, Ciudad Del Este e Puerto Iguazú; trabalho é considerado inédito





 Reunião foi realizada na sede do COMTUR – 
Texto e fotos: Elaine Mota

Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 25, na sede do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), uma reunião entre instituições, organismos e entidades parceiras para realização de um Estudo de Demanda Turística de Foz do Iguaçu e região trinacional. O encontro teve como convidada especial a coordenadora geral de Informações Gerenciais do Ministério do Turismo – Diretoria de Estudos Econômicos e Pesquisas, Gilce Zelinda Batistuz. Participaram também o presidente do COMTUR, Licério Santos, a diretora executiva do Instituto Polo Iguassu, Fernanda Fedrigo, a chefe do escritório regional da Paraná Turismo, Valéria Mariotti, representantes da Secretaria Municipal de Turismo (SMTU), do Iguazú Turismo Ente Municipal de Puerto Iguazú – Argentina (ITUREM) e consultores do SEBRAE.

Segundo Fernanda Fedrigo, “a pesquisa de demanda é uma das ações do Observatório de Turismo, que estamos tentando torná-lo trinacional, convidando o Paraguai e a Argentina para se somarem, e assim, termos os dados integrados. Nesta primeira etapa, faremos a pesquisa em Foz, que desde 2012 não é realizada. Então para isso, trouxemos a Gilce Batistuz, que hoje está no Ministério do Turismo, para ela passar a metodologia do estudo. Por intermédio do Polo Iguassu, solicitamos recursos à Itaipu para executar a pesquisa”, informou. “Cada entidade vai ter um papel: o Polo tem a função de contratar pesquisadores, coordenadores de campo e irá coordenar a parte operacional. Na execução, estarão a SMTU, a Paraná Turismo, o SEBRAE apoiando e as universidades. A UDC é a primeira a se integrar à pesquisa. Iremos a campo coletar esses dados e depois todas essas entidades discutem e analisam os dados, e, cada entidade, com seus técnicos, vai se somar para se chegar ao resultado final”, explicou.

Para Gilce Batistuz, “o estudo é muito importante, para se conhecer quem é o visitante hoje do município, da região. A pesquisa é, sem dúvida nenhuma, fundamental para os gestores que, se utilizando dessas informações, poderão fazer afirmações dentro de uma margem de erro. É uma pesquisa necessária, por fornecer informações mais precisas. Neste momento, o ministério está participando no levantamento das possibilidades e no auxílio técnico, dentro das suas condições. Já fizemos pesquisas com o município e esta de demanda turística entre 3 países é algo inédito, por ter funções internacionais. Os dados servirão a 3 países; não conheço um trabalho dessa magnitude”, frisou.

Mariana Leonor Veron, técnica da área de planejamento do ITUREM, falou sobre as expectativas em relação ao trabalho. “Estamos muito entusiasmados frente a esta oportunidade; em Puerto Iguazú, não temos até o momento estudo de demanda, nem da oferta; temos somente uma pesquisa de 2008, mas não temos contabilizados estabelecimentos, nem produtos e segmentos turísticos. Carecemos de informações que são muito importantes para o planejamento das atividades. Todos serão beneficiados; queremos avançar com a criação de um Observatório de Turismo Trinacional, para tomada de decisão em nível regional”.

Edna Rubio comentou sobre o início do processo. “Temos um projeto chamado Fronteiras Cooperativas, que veio do SEBRAE Nacional e tem a gestão do SEBRAE-PR e nele existem ações que devem ser feitas para região de fronteira, e, como esse trabalho abrange as 3 cidades, surgiu a ideia de se fazer o Observatório de Turismo Trinacional, com a possibilidade de unir as instituições de Foz e também do Paraguai e Argentina”. “Existem dificuldades em se obter informações das cidades vizinhas, mas hoje, pelo site que está sendo criado, qualquer pessoa poderá ter acesso e saber exatamente os números da nossa fronteira. A ideia, por meio do SEBRAE é entregar o portal, mas o observatório continua e a ideia é que ele só cresça”, enfatizou a consultora.

Segundo Valéria Mariotti, “a Paraná Turismo ocupa a função juntamente com o Polo, SEBRAE e SMTU de coordenação e execução das atividades que serão feitas no observatório”. “A Gilce é funcionária da Paraná Turismo que veio pelo Ministério; então, a contribuição dela está sendo imensa para realizarmos este estudo. E para nós, está sendo muito importante, porque pela primeira vez estamos tendo a experiência de trabalharmos junto com o Paraguai e a Argentina. Talvez a nossa região possa servir em algum momento de case para o país e até para outras fronteiras”, opinou.

Licério Santos defendeu a retomada da pesquisa na cidade: “esse estudo faz muita falta, a cidade fica sem informações precisas para qualquer tipo de análise, para empreendedores e até mesmo para o município. Outro ponto positivo é o envolvimento do Ministério do Turismo por meio da Gilce, e, da Valéria, que está fazendo um belíssimo trabalho no escritório da Paraná Turismo”. “O avanço que temos é que não é uma pesquisa local e ela passa a ser trinacional e aí vem a importância da participação do Polo Iguassu, pelas suas características de ser uma entidade trinacional. E hoje, o destino não é só Foz do Iguaçu; é Foz agregada à Ciudad Del Este e Puerto Iguazú, com todas as suas potencialidades. Então, seguramente, terminando esse trabalho, teremos uma radiografia, uma visão muito mais próxima da nossa realidade”, concluiu.

Dados – No Estudo de Demanda Turística são levantados dados como: residência permanente do visitante, gênero, idade, ocupação, renda, forma e época de viajar, planejamento, organização e motivo da viagem, meios de comunicação que influenciaram a visita, meios de transporte e de hospedagem utilizados, tempo de permanência, estimativa de gastos, avaliação de preços dos bens e serviços consumidos na cidade, avaliação da infraestrutura local e de atrativos turísticos, entre outras informações.








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