segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Conferência Municipal de Cultura priorizou 15 propostas para o setor

Evento aconteceu na Fundação Cultural no final de semana




































































Fotos abertura: Toni Ricardo (AMN)
Fotos grupos e plenária: Elaine Mota

Foi realizada nos dias 16 e 17 de outubro, a 3ª. Conferência Municipal de Cultura, evento organizado pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC), com apoio da Fundação Cultural. Participaram nos dois dias de evento cerca de 200 pessoas, dos mais diferentes segmentos da cultura da cidade, que trabalharam em 5 grupos temáticos. Cada grupo estabeleceu 3 ações prioritárias, que foram elencadas e submetidas à plenária no final do evento.

Foram aprovadas propostas nas áreas de gestão, infraestrutura, patrimônio, direitos culturais e participação e controle social. O coordenador do encontro, Alexandre Palmar, destacou a qualidade das propostas aprovadas. “São diretrizes que apontam para todas as áreas, e, postas em prática, irão contribuir em muito para superar o quadro de déficit histórico de políticas culturais no município”, resumiu.

Principais reivindicações – Entre as reivindicações aprovadas pela plenária estão a ampliação dos recursos para o setor e o imediato lançamento dos editais de incentivo cultural, por meio do Fundo Municipal de Cultura. Também foi proposta a criação de 06 Vilas Culturais nas regiões: Jardim São Paulo, Morumbi, Três Lagoas, Porto Meira, Cidade Nova e Vila C; transformação da antiga Cobal em centro cultural e a retomada do Centro de Artesanato.
A formação de um programa permanente e continuado de popularização da arte e da cultura com ênfase no atendimento às comunidades populares; o apoio às expressões periféricas e urbanas e a instituição de projeto de incentivo ao hábito e ao gosto da leitura vinculado à Biblioteca Municipal Elfrida Engel Nunes Rios e às bibliotecas comunitárias também integram o conjunto de demandas aprovadas durante a plenária.

A 3ª Conferência de Cultura também requereu a efetivação da política municipal do patrimônio cultural, com a revisão da lei e a nomeação do Conselho de Patrimônio Cultural; a implantação do plano museológico e do plano municipal de educação patrimonial, com medidas para a capacitação para professores; visitas pedagógicas a lugares de memória, acompanhamento do material pedagógico e a criação de lei instituindo o dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), como feriado municipal.

Em relação às medidas de controle e participação social, o encontro definiu que a Fundação Cultural deverá elaborar e executar o Plano Municipal de Cultura; realizar prestação de contas anual em audiência pública para a ampla participação da comunidade; prestar contas das políticas públicas, eventos e ações em até 30 dias e publicar a prestação de contas dessas iniciativas em site e no Diário Oficial do Município.

Avaliações – Ivanete Schumann, integrante do CMPC e uma das organizadoras do evento, fez uma avaliação positiva do encontro. “Pela quantidade de pessoas que compareceram, percebe-se que cada vez mais as pessoas estão interessadas e envolvidas com as questões da cultura do município e isso é muito bom, porque acredita-se que de agora em diante, as pessoas vão começar a participar ainda mais e principalmente, a interferir nesse processo”.

Para Arinha Rocha, diretora da Fundação Cultural, “esse diálogo é primordial; o evento mostrou o amadurecimento dos grupos culturais da cidade; é a terceira conferência, mas nota-se como os grupos cresceram e se apoderaram das discussões, como estão fortalecidos no sentido de discutir inclusive a própria Fundação Cultural e os seus rumos a favor das políticas culturais, inclusive apoiando até as coisas que não conseguimos fazer”, enfatizou.

Paulo Bogler, presidente do CMPC, ressaltou a participação dos agentes culturais e da comunidade. “O evento foi muito positivo; conseguimos dar um salto do ponto de vista de se constituir uma rede articulada de pessoas envolvidas, discutindo, pleiteando questões comuns de interesse de todos os grupos culturais e da população; esse foi o grande ganho da conferência; nós saímos mobilizados e organizados desse encontro; as propostas aqui aprovadas, vão dar um salto no desenvolvimento cultural da cidade”, opinou o presidente do conselho.

Relatório final – Segundo Paulo Bogler, será produzido um relatório final, com um balanço dos resultados da conferência e das pré-conferências, com todas as discussões, moções e encaminhamentos. “Vamos enviar esse documento para todos os órgãos ligados à administração e à gestão da cultura, ao Ministério Público Estadual e Federal e à Câmara de Vereadores; paralelamente, serão feitas articulações com esses poderes, para implementação e execução de tudo que foi tratado na conferência”, concluiu.

Conselho – Foram eleitas 25 entidades da sociedade civil e, com a participação dos órgãos governamentais, o CMPC deverá conter cerca de 50 entidades. Integram as organizações não governamentais do CMPC para o biênio 2015-2017 as seguintes entidades: APP-Sindicato/Foz; Associação Artística Companhia Vida é Sonho; Associação Companhia Amadeus de Teatro; Associação Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (Acapi); Associação de Artesãos de Foz do Iguaçu; Associação Guatá – Cultura em Movimento; Associação Movimento Cultural Afoxé Ogún Funmilaiyó; Casa da América Latina; Casa do Teatro; Centro de Cultura Popular de Foz do Iguaçu; Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP); Coletivo Cidade Nova Informa CNI; Conselho Comunitário da Vila C; Cooperativa de Artesanato da Região Oeste e Sudoeste do Paraná (Coart); Diretório Central dos Estudantes da Unioeste/Foz (DCE); Grupo de Arte e Cultura Nativa Encontro das Águas; Liga Independente das Escolas de Samba de Foz do Iguaçu (Liesfi); Núcelo de Circo Fronteira - Troupe Luz da Lua; Ponto de Cultura Associação Cristã Bem Viver; Ponto de Cultura Associação Fraternidade Aliança (AFA); Ponto de Cultura Casa Maria Porta do Céu; Ponto de Cultura Projeto Aprendendo a Viver; Projeto New For Life; Serviço Social do Comércio (Sesc) e Sindicato dos Jornalistas (Sindijor/Foz).

Texto: Elaine Mota




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