A
contribuição espontânea refere-se a fontes de recursos cuja arrecadação é feita
pela hotelaria mantenedora do ICVB, Cataratas S/A e FPTI
Arrecadação
feita por hotéis mantenedores do ICVB não se constitui fato gerador de imposto
O setor de turismo, já há
alguns anos, tinha uma preocupação e entendimentos diversos sobre a
contribuição espontânea destinada ao desenvolvimento do turismo, se deveria ser
tributada ou não, ou seja, se incidiria o Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISSQN), entre outros impostos. A partir desses questionamentos, a
SMTU foi procurada pelo Iguassu
Convention & Visitors Bureau (ICVB) e Fundo Iguaçu para intermediar uma
consulta à Secretaria Municipal da Fazenda e o parecer técnico foi de que esses
recursos não devem ser tributados. O processo junto à Divisão de Consultoria e
Auditoria Tributária da Fazenda foi preparada pelo contador do ICVB, Derseu de
Paula.
A contribuição espontânea
refere-se a fontes de recursos em vigor no município, utilizadas para fazer
frente aos gastos necessários à divulgação turística e preservação dos
atrativos turísticos. Sua arrecadação é feita por empresas do setor hoteleiro mantenedores
do ICVB, da Cataratas S/A, empresa concessionária que administra o Parque
Nacional do Iguaçu, com relação aos ingressos no parque, e da Fundação Parque
Tecnológico de Itaipu, pelos ingressos cobrados na visitação do Complexo
Turístico Itaipu.
Segundo o secretário de Turismo, Jaime Nelson Nascimento, “ao conversarmos com o contador Derseu de Paula, ele opinou que os impostos não deveriam ser cobrados e elaborou um parecer; marcamos então uma reunião com o secretário da Fazenda, Ademar da Silva e sua equipe, ocasião em que o parecer foi apresentado, e, na sequência, foi protocolada uma consulta formal à Fazenda”.
Para Derseu de Paula, “haviam
questionamentos e dúvidas a respeito, e, mesmo assim, alguns hotéis acabavam
pagando o imposto; então, fizemos a consulta e já nos deram uma resposta, um
parecer técnico exatamente nesse sentido, de que essa contribuição não é
tributável, desde que inteiramente repassada ao convention; dessa forma, não se constitui
fato gerador do imposto aos hotéis, que devem contabilizar isso como uma
obrigação, e não como receita, e assim, não há nenhuma incidência de tributo”,
relatou.
“É necessário acrescentar
que esse dinheiro é muito bem empregado, e o convention e as demais entidades do trade turístico têm investido esses recursos na divulgação do
destino, participação em feiras, congressos, elaboração de folders e outros materiais
de divulgação; com isso, o município deixa de ter que investir recursos
públicos para fazer esse trabalho, e, mesmo não cobrando imposto, ganha com o
aumento do fluxo de turistas, com o incremento da economia”, concluiu o
contador.
Derseu de Paula
Texto e fotos: Elaine Mota
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