sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Problemas na Fronteira



Representantes de agências de turismo e táxis em reunião na sede do conselho

O Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) reuniu na tarde de terça-feira, 8, representantes de agências de turismo e táxis para discutir os problemas enfrentados com relação ao transporte de passageiros na fronteira do Brasil com o Paraguai. Participaram do encontro representantes da Cooperativa de Transporte e Turismo Alternativo de Foz do Iguaçu (COOTRAFOZ), Associação dos Condutores de Turismo (ACONTURFI), Associação das Agências de Viagens e Turismo Receptivo (AGETURFI), FOZTRANS, Câmara de Vereadores, além do presidente do conselho, Newton Paulo Angeli e do secretário de Turismo, Jaime Nelson Nascimento.
 
A reunião ocorreu em virtude dos problemas que os agentes de viagens e taxistas estão enfrentando nos últimos dias. Segundo Paulo Angeli, na manhã de terça, 8, a fiscalização do lado paraguaio estava sendo feita indiscriminadamente em táxis e vans, que podiam levar passageiros, mas não podiam aguardá-los e trazê-los de volta ao Brasil. “Os fiscais mandavam parar os veículos e faziam descer os passageiros; na ponte, as vans estavam paradas e a situação era crítica”, relatou.
 
O presidente do COMTUR informou que solicitou à vice-prefeita Ivone Barofaldi, que interceda junto à prefeita de Ciudad Del Este, Sandra Zacarias, no sentido de parar a fiscalização por 7 dias, para que seja aberto um diálogo. Angeli citou um acordo internacional em vigor na fronteira e que se sobrepõe à lei municipal de Ciudad Del Este e que a prefeitura da cidade vizinha está fazendo valer. “Esse acordo sempre funcionou bem, mas agora está acontecendo esse problema”, disse.
 
Os presentes à reunião foram unânimes em afirmar que o COMTUR é o canal para a busca do diálogo, que ações isoladas, mesmo que com boas intenções, não adiantam, pois têm que ser coordenadas.
 
Para o secretário de Turismo Jaime Nelson Nascimento, “deve-se fazer cumprir o acordo de reciprocidade e a fiscalização tem que existir, de ambos os lados; a ação tem que ser imediata e de forma legal”, declarou. Foi solicitado aos representantes do FOZTRANS presentes à reunião, para que intensifiquem a fiscalização dos veículos paraguaios na região da ponte.
 
Paulo Angeli citou que no acordo do Transporte Turístico Fronteiriço, assinado em julho de 2007, constam a obrigatoriedade de portar lista de passageiros, certificado de inspeção técnica veicular e seguro de responsabilidade civil internacional. Todos os veículos, sejam paraguaios, sejam brasileiros, têm que cumprir estes quesitos.
 
Ficou acordado na reunião que, a princípio, a fiscalização que se intensificou no lado paraguaio, terá o mesmo tratamento no lado brasileiro e que mais do que pressão política, é preciso cumprir a lei. Paulo Angeli enfatizou que “se os táxis brasileiros não poderão trazer os passageiros que levam para Ciudad Del Este, os táxis paraguaios terão que retornar do Brasil para o Paraguai vazios; o caminho é cumprir a lei”, finalizou.
 
 
Texto e foto: Elaine Mota

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