O Conselho Municipal de
Turismo (COMTUR) reuniu na tarde de terça-feira, 8, representantes de agências
de turismo e táxis para discutir os problemas enfrentados com relação ao
transporte de passageiros na fronteira do Brasil com o Paraguai. Participaram
do encontro representantes da Cooperativa de Transporte e Turismo Alternativo
de Foz do Iguaçu (COOTRAFOZ), Associação dos Condutores de Turismo (ACONTURFI),
Associação das Agências de Viagens e Turismo Receptivo (AGETURFI), FOZTRANS,
Câmara de Vereadores, além do presidente do conselho, Newton Paulo Angeli e do
secretário de Turismo, Jaime Nelson Nascimento.
A reunião ocorreu em virtude
dos problemas que os agentes de viagens e taxistas estão enfrentando nos
últimos dias. Segundo Paulo Angeli, na manhã de terça, 8, a fiscalização do
lado paraguaio estava sendo feita indiscriminadamente em táxis e vans, que
podiam levar passageiros, mas não podiam aguardá-los e trazê-los de volta ao
Brasil. “Os fiscais mandavam parar os veículos e faziam descer os passageiros;
na ponte, as vans estavam paradas e a situação era crítica”, relatou.
O presidente do COMTUR
informou que solicitou à vice-prefeita Ivone Barofaldi, que interceda junto à
prefeita de Ciudad Del Este, Sandra Zacarias, no sentido de parar a
fiscalização por 7 dias, para que seja aberto um diálogo. Angeli citou um
acordo internacional em vigor na fronteira e que se sobrepõe à lei municipal de
Ciudad Del Este e que a prefeitura da cidade vizinha está fazendo valer. “Esse
acordo sempre funcionou bem, mas agora está acontecendo esse problema”, disse.
Os presentes à reunião foram
unânimes em afirmar que o COMTUR é o canal para a busca do diálogo, que ações
isoladas, mesmo que com boas intenções, não adiantam, pois têm que ser
coordenadas.
Para o secretário de Turismo
Jaime Nelson Nascimento, “deve-se fazer cumprir o acordo de reciprocidade e a
fiscalização tem que existir, de ambos os lados; a ação tem que ser imediata e
de forma legal”, declarou. Foi solicitado aos representantes do FOZTRANS
presentes à reunião, para que intensifiquem a fiscalização dos veículos
paraguaios na região da ponte.
Paulo Angeli citou que no
acordo do Transporte Turístico Fronteiriço, assinado em julho de 2007, constam
a obrigatoriedade de portar lista de passageiros, certificado de inspeção
técnica veicular e seguro de responsabilidade civil internacional. Todos os
veículos, sejam paraguaios, sejam brasileiros, têm que cumprir estes quesitos.
Ficou acordado na reunião
que, a princípio, a fiscalização que se intensificou no lado paraguaio, terá o
mesmo tratamento no lado brasileiro e que mais do que pressão política, é
preciso cumprir a lei. Paulo Angeli enfatizou que “se os táxis brasileiros não
poderão trazer os passageiros que levam para Ciudad Del Este, os táxis
paraguaios terão que retornar do Brasil para o Paraguai vazios; o caminho é
cumprir a lei”, finalizou.
Texto e foto: Elaine Mota
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